sexta-feira, 24 de agosto de 2007

um estado das coisas

estou para falar nisto aqui no blog faz algum tempo e seguindo a máxima de que, mais vale tarde que nunca, aqui vai!
temos a sorte de ter uma amiga que pela via profissional está ligada à homeopatia, sendo que esta ligação é uma coisa que vem de trás, é de família. como mantivémos até hoje uma relação com alguma proximidade, fui ouvindo e aprendendo sobre o que é homeopatia e que me fazem cada vez mais sentido.

muito resumidamente a homeopatia fundamenta-se na lei dos semelhantes, e diz que os semelhantes se curam pelos semelhantes. A homeopatia vê o ser humano de uma forma integrada onde corpo e psique são indissociáveis.
é nisto que eu acredito, é nisto que nós évora veiga acreditamos. temos para nós que a homeopatia é um bom complemento a tudo o que o gaspar está a fazer. com a homeopatia não pretendemos substituir nada do que está estipulado pelos protocolos que regem o tratamento do gaspar, mas sim fazer com que esses mesmos tratamentos que são extremamente agressivos se tornem mais suportáveis, ajudando por exemplo a manter/subir determinados valores do sangue, essenciais para a continuidade do tratamento, essenciais para o bem estar do gaspar.

esta foi a nossa opção e quando a tomámos ainda o gaspar estava no hsfx. foi aí que sentimos pela primeira vez a descrença dos médicos neste método terapêutico. chegados ao ipo de lisboa encontramos um pouco mais de abertura para este método, ou mais não seja, dê que mal não faz.

estamos a anos luz de ver algo como equipas multidisciplinares a tratarem de nós, medicina tradicional com homeopatia por exemplo, juntos para com as suas especificidades darem o seu melhor em prole da nossa saúde e bem estar. estamos também a muitos anos de, especialidades da medicina tradicional, formarem equipas para entre si cruzarem informação útil que permita uma abordagem sobre o indivíduo como um todo, mais completa e assertiva, não como partes separadas. resumindo, o gaspar percorre algumas especialidades que entre si não cruzam informação.
neste momento o gaspar é seguido por um médico homeopata em quem confiamos plenamente, como confiamos também plenamente em todos os médicos de medicina tradicional que acompanham o gaspar, de especialidades tão variadas como neuro-oftalmologia, cirurgia plástica, neurologia oncológica.
alguma informação passa de uns para outros através do processo do gaspar, mas tal como já pude ver, às vezes não chega. e no meio disto, o médico homeopata está de fora e poderia ser tão útil ele ser considerado neste processo.
todos teriam a aprender e o gaspar a benificiar.
com todo o respeito que os profissionais que acompanham o gaspar merecem, para aprender é necessária alguma abertura e o que eu vejo muito na nossa classe médica é que estão fechados na sua verdade. tão fechados na sua verdade que nem entre eles comunicam.

é um estado das coisas.

2 comentários:

gab disse...

sim, tudo isso é uma verdade, tudo isso é a verdade que sentes - logo não será mentira. mas e entretanto...? diz coisas do gaspar e dos pais e das mães e dos tios e tias,dos primos e das primas, dos conhecidos e dos distantes. esta história do gaspar toca mais dentro do que aquilo que estamos habituados a considerar - por isso pode ajudar a sermos maiores e não apenas adultos habituais. não desistas, não desistam. para mim o mais importante é pensar em estar com o gaspar o resto de tempo, miúdo, adolescente, jovem, homem e depois dizer-lhe que morrerei feliz com aquilo que ele me ensinou entretanto.
é na dificuldade que olhamos para a vida com mais atenção e mais respeito.

Anónimo disse...

Ainda não me deitei, há dias que ando a tentar conhecer melhor a história do Gaspar, mas o tempo não mo tem permitido, não por falta de vontade, mas não tem mesmo sido possível. Não vou conseguir dormir enquanto não acabar de ler. Neste comentário deixo apenas uma curiosidade... no ano de 2002, numa vila, acho que nem vila era, algures no alentejo, onde trabalhava na altura, fiquei estupefacta. No Centro de Saúde local passou a exercer a sua "especialidade" um homeopata inglês que, na ausência do médico convencional, era consultado pelos pacientes que ali se dirigiam e tinha, além desses, os seus próprios utentes, quase como médico de família. Questionei-me várias vezes como era possível, como era permitido que essa situação se verificasse, ainda para mais num meio tão tradicinalista, tão fechado a mudanças. Nunca obtive respostas. Agora deparo-me com essa questão levantada há 5 anos atrás. Continuo sem perceber como foi dada permissão ao Dr. Hans (creio ser este o seu nome). Se for necessário posso localizá-lo, creio que ainda exerce a sua medicina não convencional naquele local. Uma coisa agora compreendo. A aceitação por parte dos naturais da "aldeia". Um factor chamado ignorância que não permite recear o desconhecido. Ainda se recorre ao endireita em vez do ortopedista. Eu centendo. Mais difícil era aceitar uma médica com uma orientação sexual diversa e, assumida publicamente, na comunicação social. Também entendo.
Não divulgo a minha identidade, mas caso seja necessário, não para o Gaspar, assim o espero, mas para alguém que precise e de que tenham conhecimento, também espero que não, farei com frequência as minhas visitas ao blog para saber notícias do Gaspar e podem deixar mensagem.